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Governo Lula: Petrobras anuncia 1ª licitação para construção de navios

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

A Transpetro, subsidiária de transporte da Petrobras, anunciou na segunda-feira 8, a primeira licitação para a construção de quatro navios para transportar combustíveis. A ação faz parte do programa de ampliação e renovação da frota da empresa.

O programa prevê a publicação de quatro editais para a construção de 25 navios próprios até o fim de 2025, com um investimento total entre US$ 2 bilhões e US$ 2,5 bilhões. A recuperação da indústria naval é uma obsessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, desde a sua posse, menciona com frequência a retomada da construção naval no Brasil desde sua posse.

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Lula teve resultados desastrosos em tentativa de consolidar indústria naval

Lula já tentou estabelecer um polo naval no Brasil em mandatos anteriores, com resultados desastrosos. A Sete Brasil, criada em 2010 para gerenciar a construção de 28 navios-sonda para o pré-sal, entregou apenas quatro antes de pedir recuperação judicial em 2016. Em 2024, foi solicitada a falência definitiva da companhia.

A recente mudança na presidência da Petrobras, com Magda Chambriard assumindo o cargo em maio, reflete a pressão do governo para acelerar investimentos em grandes obras e revitalizar a indústria naval brasileira. O ex-presidente da estatal, Jean Paul Prates, foi criticado pela suposta “lentidão” na execução desses projetos.

Magda Chambriard anunciou que o edital publicado na última sexta-feira, 5, para a construção de quatro navios de classe Handy, visa a reduzir a exposição da estatal às flutuações nos preços de frete. Esses navios, com capacidade entre 15 mil e 18 mil toneladas de porte bruto (TPB), vão transportar combustíveis derivados de petróleo.

Navio petroleiro da Petrobras
O programa de renovação da indústria naval prevê investimento de até 2,5 bilhões | Foto: Divulgação/Agência Petrobras

A licitação será internacional e aberta, permitindo a participação de quaisquer estaleiros que atendam aos critérios técnicos e econômicos definidos no edital. No entanto, estaleiros brasileiros têm vantagens, como acesso a financiamento do Fundo de Marinha Mercante (FMM) e melhores posições na equalização de propostas, devido à ausência de custos com impostos de internalização depois da entrega dos equipamentos.

A Transpetro prevê 90 dias para a apresentação de propostas, com divulgação do estaleiro vencedor e assinatura do contrato ainda em dezembro deste ano. O primeiro navio deve ser lançado à água em junho de 2026, com as demais etapas de construção dos outros navios ocorrendo escalonadamente até 2028.

O próximo edital focará na construção de navios gaseiros para transporte de gás natural. Esse edital deve ser publicado entre dezembro e janeiro, depois de aprovação pelos conselhos da Petrobras. O plano estratégico 2024-2028 inclui a encomenda de outros 12 navios, atualmente em estudo.

Planos futuros e expectativas da Transpetro

Para completar as 25 unidades previstas, a Transpetro planeja incluir nove navios de porte médio, tipo MR1 e MR2, no plano estratégico 2025-2029, a ser divulgado em novembro deste ano. Esses navios têm capacidade entre 40 mil e 50 mil toneladas.

O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, está confiante de que muitos estaleiros nacionais apresentarão propostas. O diretor financeiro da Transpetro, Fernando Mascarenhas, destacou que os concorrentes que construírem no Brasil terão acesso a financiamento competitivo do FMM, com taxas especiais para o sistema Petrobras.

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