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“Aguardando o Fantástico”, diz Bolsonaro sobre supostos repasses milionários do doleiro Messer

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Dario Messer, o “doleiro dos doleiros”, afirmou ter repassado altos valores em dinheiro para a Família Marinho, da Rede Globo

O doleiro dos doleiros. Assim é conhecido Dario Messer, homem que disse em delação premiada ter prestado seus serviços criminosos à Família Marinho, donos da Rede Globo.

Messer disse à Justiça que, nos anos 90, seus funcionários faziam de duas a três entregas de dinheiro em espécie no Jardim Botânico, sede da emissora carioca. As remessas, segundo ele, variavam de 50 mil a 300 mil dólares.

Na delação, que foi homologada na última quarta (12), Messer afirma que seu negócio com os Marinhos se deu por intermédio de Celso Barizon, homem supostamente responsável pelas contas da família no Banco Safra de Nova Iorque (EUA).

Messer declarou ainda jamais ter travado contato direto com os magnatas fluminenses. Na versão do doleiro, o dinheiro era entregue a um funcionário da Globo identificado como José Aleixo, e tinha como destinatários finais os irmãos Roberto Irineu (Presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo).

 

Repercussão

Na edição desta sexta-feira do Jornal Nacional, o apresentador William Bonner leu uma breve nota da Família Marinho dizendo que os irmãos citados “nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades brasileiras”.

No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro, frequente alvo da emissora, também comentou o caso.

Numa publicação, Bolsonaro somou o suposto montante repassado por Messer à Globo considerando que as transações ilegais tivessem se mantido em interrupções de 1990 a 2020 (30 anos), e que fossem feitas sempre três vezes ao mês, e sempre na quantia de 300 mil dólares.

“R$ 1,75 bilhão… é o valor que poder ter sido repassado, em dinheiro vivo à família Marinho da Globo, segundo doleiro Dario Messer”, disse o mandatário.

No Facebook, o presidente publicou um vídeo noticiando a delação de Messer e provocou: “Aguardando para o Fantástico de amanhã”.

Dario Messer está preso desde julho de 2019 por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Sua pena é de 18 anos, dos quais pelo menos 3, ou seja, um sexto, devem ser cumpridos em regime fechado.

Para chegar aos benefícios da delação premiada, Messer se comprometeu a devolver aos cofres públicos 1 bilhão de reais.

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