A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou mensagem citando o vice-secretário de Estado Christopher Landau, segundo a qual Washington “continua a esperar” que o governo brasileiro contenha o ministro Alexandre de Moraes, do STF, para evitar danos irreparáveis à relação bilateral. O post reproduz posicionamentos recentes do número dois do Departamento de Estado contra decisões do magistrado.
Em sua conta oficial, Landau tem feito uma série de críticas diretas a Moraes — a quem acusa de extrapolar poderes e de pôr em risco a parceria histórica entre os dois países. Em uma das publicações, pediu explicitamente que o Brasil “repreendesse” o ministro antes que ele “destruísse completamente” a relação.
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O gesto ocorre semanas após Washington anunciar sanções ao ministro com base na Lei Global Magnitsky e impor restrições de vistos a integrantes do Judiciário brasileiro. Essas medidas foram oficializadas em comunicados do governo norte-americano.
A escalada já provocou reações de Brasília em episódios anteriores. Em agosto, o Itamaraty convocou o encarregado de negócios dos EUA após postagens da embaixada criticando Moraes, em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
No mesmo contexto, o secretário de Estado Marco Rubio prometeu “resposta” à condenação de Bolsonaro pelo STF, o que ampliou o desgaste entre os governos.
Contexto: As críticas de Landau e as sanções dos EUA se somam à controvérsia internacional em torno das decisões de Moraes sobre redes sociais e liberdade de expressão, que vêm repercutindo desde 2024.
O que observar • Possíveis novas convocações diplomáticas do Itamaraty e comunicados conjuntos.
• Eventual ampliação das sanções (financeiras e de vistos) por parte dos EUA.
• Reações do STF e do governo federal às manifestações oficiais de Washington.
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