fbpx
Pesquisar
Close this search box.

Com campanha mais cara do país, Boulos quase não vai ao segundo turno

Créditos (Imagem de capa): Guilherme Boulos Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Créditos (Imagem de capa): Guilherme Boulos Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

Mesmo com a campanha eleitoral mais cara do Brasil, o principal candidato da esquerda para Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), quase não chegou ao segundo turno. Nas eleições, realizadas no domingo 6, Boulos teve 29,07% dos votos, apenas 0,93% a mais do que Pablo Marçal, que disputava pelo PRTB. Marçal obteve 28,14% do eleitorado.

Boulos conta com o apoio formal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT, que escalou a ex-prefeita Marta Suplicy para a candidatura de vice. Rede Sustentabilidade, PCdoB, PV e PDT integram a coligação encabeçada pelo parlamentar.

No dia 27, ele enfrentará o atual prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), que obteve 29,48% dos votos válidos. Assumiu o comando da administração municipal em maio de 2021, em virtude da morte de Bruno Covas (PSDB), então titular.

De acordo com dados atualizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até a sexta-feira 4, Boulos já desembolsou R$ 39 milhões, configurando-se como o maior uso de recursos no país neste ano.

Em comparação, os gastos de Boulos nesta eleição são quase quatro vezes maiores que os de 2020. Naquele ano, ele gastou R$ 10 milhões, em valores ajustados pela inflação, quando foi derrotado por Covas no segundo turno.

Psol e PT bancam campanha de Boulos

Lula e Boulos durante lançamento de candidatura
Lula, Boulos e Marta Suplicy durante lançamento de candidatura | Foto: Ricardo Stuckert/PR

A campanha de Boulos é majoritariamente financiada por Psol e PT, com R$ 35 milhões vindos do Psol e outros R$ 30 milhões do PT.

Em 2020, o Psol contribuiu com menos de R$ 4 milhões, enquanto o PT não participou, pois tinha Jilmar Tatto (PT) como candidato próprio.

Os adversários de Boulos mencionaram seus gastos em debates. Na TV Globo, em 3 de outubro, Pablo Marçal (PRTB) afirmou que ele usa dinheiro público para enganar eleitores.

“Você é um candidato mais rico aqui”, declarou Marçal. “É o socialista de iPhone que recebeu, do Lula, R$ 30 milhões de Fundo Eleitoral.”

A campanha arrecadou R$ 66 milhões, quase alcançando o teto, de R$ 67 milhões, permitido por lei. O maior investimento da campanha de Boulos foi em seu marqueteiro, com R$ 8 milhões.

Psolista foi campeão de votos em bairros ricos

Guilherme Boulos ganhou a eleição municipal deste domingo, 6, em alguns dos bairros mais ricos da capital paulista.

Na região da Bela Vista, por exemplo, psolista teve 43,66% dos votos válidos. Na sequência, aparece a região de Pinheiros, onde Boulos foi o escolhido por 36,08% dos eleitores.

Em Perdizes, o candidato de esquerda teve 35,71% dos votos, além de 32,56% na região do Butantã. Boulos também venceu no bairro do Morumbi, um dos mais nobres da cidade, com 30,01%.

Já o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), com quem o psolista divide o segundo turno, ganhou em seu reduto eleitoral, na zona sul, com maior votação em Pedreira e Capela do Socorro. O emedebista também venceu em algumas zonas eleitorais da região norte.

Comentários