O ministro da Saúde afirmou nesta terça que a vacina chinesa seria adquirida pelo governo
O presidente Jair Bolsonaro posicionou-se contrário à medida assinada ontem (20) pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a compra da vacina chinesa.
Já na manhã desta quarta-feira, Bolsonaro convocou uma reunião com o general titular da pasta para desautorizar a aquisição das 46 milhões de doses da CoronaVac.
Em resposta a usuários do Facebook, Bolsonaro afirmou que o governo federal não firmará acordo com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech.
Há pouco, pelas 10h, ele voltou a se manifestar, afirmando que seu governo não permitirá que os brasileiros sejam usados como cobaia.
O imunizante chinês vem sendo desenvolvido em parceria com o Instituto Butantã e é a aposta do Governo de São Paulo, incluindo o aspecto político-eleitoral.
É que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é o pré-candidato do seu partido à Presidência da República, em 2022, e tem agido como se já estivesse em campanha.
Após a assinatura da Saúde junto ao anúncio do investimento de R$ 1,9 bilhão na aquisição da CoronaVac, João Doria agendou reunião com Antonio Barra Torres, presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O governador do estado de São Paulo e Bolsonaro têm atuado em lados opostos nas políticas de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
Dória é defensor do imunizante chinês e afirma que tornará obrigatória a vacinação da população paulista.
Do outro lado da equação, o presidente garante que o Governo Federal não determinará obrigatória a imunização.
Bolsonaro também afirma que decisões desta natureza devem ser recomendadas pela entidade federal competente, o Ministério da Saúde. (DP)