Na semana passada, Celso de Mello negou ao presidente a possibilidade de ser interrogado por escrito.
A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu de decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, sobre o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Mello determinou que Bolsonaro preste depoimento presencial no inquérito que apura se houve interferência na Polícia Federal (PF).
Bolsonaro já foi intimado a depor, e a AGU quer que o depoimento possa ser por escrito — possibilidade que foi rejeitada por Mello.
A decisão do STF não determinou local nem data do depoimento, que devem ser definidos pela PF.
No recurso apresentado ao Supremo, a AGU argumenta que interrogatório é meio de defesa.
O órgão pede ainda que, como o ministro Celso de Mello está de licença médica, o recurso seja analisado por Marco Aurélio Mello, como prevê a regra regimental para este tipo de substituição.
“Sendo o interrogatório meio de defesa, não é desarrazoado afirmar que o direito ao silêncio permite não apenas a ausência de manifestação, mas, caso seja ela feita, autoriza a sua realização na forma que o investigado pretender, desde que lícita. Se é possível silenciar, natural poder manifestar-se de forma diversa da oral”, argumentou a AGU, destaca o portal G1.
O decano do STF já sinalizou, no entanto, que, mesmo de licença médica, pode decidir sobre processos sob sua relatoria.
O inquérito foi aberto em maio como base acusações do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. Bolsonaro nega ingerência na PF.
– Inquérito nº 4831/DF.- Recurso ao STF/depoimento.- Suposta interferência na PF.- Recorri ao STF pedindo a…
Posted by Jair Messias Bolsonaro on Thursday, September 17, 2020