A nomeação de Takaichi, de 64 anos, estava praticamente assegurada depois que ela assinou na véspera um acordo com o opositor Partido da Inovação do Japão (Ishin), seu novo parceiro de coalizão, para contar com seu apoio na votação, na qual a fragmentada oposição não conseguiu apresentar um candidato conjunto para enfrentá-la.
– Desde que o Komeito se retirou, exploramos a possibilidade de um novo quadro de coalizão com partidos com políticas próximas. Agora tomaremos medidas econômicas para responder à esperança do povo de abordar a alta dos preços – disse o secretário-geral do PLD, Shunichi Suzuki, número dois da legenda, em declarações à imprensa após a vitória de Takaichi.
Suzuki destacou que existem questões pendentes tanto no cenário político interno quanto no externo, e que o novo gabinete, que será nomeado e empossado nas próximas horas, deve “assumir sua responsabilidade” para abordar essas questões com urgência.
O número dois do PLD reconheceu que o governo de Takaichi, em minoria, nascerá com a necessidade de negociar com os demais grupos políticos da oposição em diversos campos, e garantiu que a nova administração “se esforçará” em buscar diálogo e apoio.
A mudança de governo no Japão ocorre depois que Shigeru Ishiba, de 68 anos, anunciou sua renúncia como primeiro-ministro em setembro, após os maus resultados eleitorais colhidos durante seu pouco mais de um ano no poder, quando a antiga coalizão perdeu a maioria no Parlamento nacional.
A renúncia de Ishiba motivou prévias no PLD no último dia 4 de outubro, nas quais Takaichi, um dos perfis da ala dura da legenda, saiu vencedora no segundo turno.