Logo nas primeiras horas da manhã deste domingo, manifestantes favoráveis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começaram a se concentrar na Avenida Paulista, tradicional epicentro de grandes mobilizações na capital paulista. Convidados pelas redes sociais a comparecer às 14h sob o slogan “Justiça Já”, os participantes desafiaram a previsão oficial, que apontava para início da manifestação apenas à tarde, e ocuparam as faixas em direção à Consolação.
O principal alvo do protesto é o julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), que apura a suposta participação de Bolsonaro em uma tentativa de golpe de Estado. Segundo responsáveis pela organização, a Frente Patriótica Nacional, o objetivo é pressionar os ministros a reconhecerem “violações de direitos básicos” e “assegurar transparência” no processo. Ainda que sem estimativa oficial divulgada até o fechamento desta edição, a Polícia Militar do Estado de São Paulo reforçou o policiamento na região, isolando trechos da via para trânsito de carros e ônibus.
Entre as cores verde-amarelas, destacam-se bandeiras do Brasil, de Israel e dos Estados Unidos, assim como faixas com frases de apoio ao ex-presidente norte-americano Donald Trump. Muitos manifestantes carregam cartazes com referências ao movimento “Stop the Steal”, ecoando a retórica de impugnação de resultados eleitorais. A presença de símbolos internacionais reforça a conexão que parte do público bolsonarista busca estabelecer entre sua reivindicação e narrativas de supremacia conservadora global.
O julgamento no STF teve início em abril de 2025, com relato de depoimentos que apontam supostas articulações para inviabilizar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2023. A defesa de Bolsonaro nega qualquer irregularidade e acusa a Corte de agir por motivação política. Na sexta-feira (27), em coletiva, o advogado do ex-presidente reiterou que “o devido processo legal deve prevalecer” e classificou o inquérito como “perseguição ideológica”.
A expectativa dos organizadores é manter o ato até as 19h, horário em que está previsto um bloco cultural com música ao vivo e discursos de líderes do movimento. Os organizadores informaram ainda que estão sendo distribuídos milhares de panfletos com informações sobre o andamento do julgamento e orientações para participação de futuros atos.
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