O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) atingiu R$ 7,671 trilhões em maio de 2025, segundo o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal, publicado em 27 de junho pelo Tesouro Nacional.
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Em relação a abril, quando o estoque era de R$ 7,617 trilhões, a DPF cresceu 0,71% em apenas um mês. No comparativo anual, o avanço é ainda mais expressivo: alta de 4,8% em doze meses, frente aos R$ 7,316 trilhões registrados em maio de 2024.
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A estrutura da dívida mostra que a parcela mobiliária interna (DPMFi) subiu 0,70%, passando de R$ 7,31 trilhões em abril para R$ 7,361 trilhões em maio, pressionada principalmente pela apropriação de juros de R$ 75,86 bilhões, decorrente da Selic elevada a 15% ao ano. A dívida externa (DPFe) avançou 0,99%, alcançando R$ 309,17 bilhões, impactada pela alta de quase 1% do dólar no período.
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Apesar do resgate líquido de R$ 75,03 bilhões em títulos atrelados à inflação, a emissão de R$ 108,5 bilhões não foi suficiente para conter o crescimento do estoque. O chamado “colchão” — reserva de liquidez para honrar vencimentos — recuou de R$ 904 bilhões em abril para R$ 861 bilhões em maio, cobrindo hoje cerca de 8,8 meses de obrigações.
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O custo médio do estoque da DPF acelerou de 11,62% ao ano, no acumulado de 12 meses até abril, para 11,73% ao ano até maio, tornando ainda mais oneroso o serviço da dívida. Mais de 64% do estoque vence em prazo igual ou superior a dois anos, reduzindo vulnerabilidades de curto prazo, mas ampliando a dependência do ajuste fiscal na próxima década.
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O aumento contínuo do endividamento questiona a sustentabilidade das contas públicas sob a gestão federal, exigindo medidas mais duras de contenção de gastos e revisão de incentivos fiscais. Analistas apontam que, sem um plano de ajuste robusto, o país pode enfrentar nova escalada de juros e aperto no crédito ao longo de 2025.