Um levantamento inédito do Digital News Report 2025, elaborado pelo Reuters Institute para o Estudo do Jornalismo, revela que as redes sociais ultrapassaram, pela primeira vez, a televisão como fonte primária de notícias para o público norte-americano. Segundo a pesquisa, 54% dos americanos afirmam obter informações em plataformas como Facebook, X e YouTube, contra 50% que ainda recorrem à TV tradicional . No âmbito global, o TikTok desponta como a plataforma de vídeo e rede social de crescimento mais acelerado para consumo de notícias, atingindo 17% da população mundial – um ganho de quatro pontos percentuais em relação ao ano anterior .
A 14ª edição do relatório baseou-se em uma amostra de mais de 92 mil consumidores de notícias online, distribuídos em 46 mercados ao redor do mundo, garantindo robustez estatística e diversidade cultural aos resultados .
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TikTok em evidência
O estudo destaca que, enquanto plataformas consolidadas como Facebook e YouTube mantêm sua relevância, o TikTok apresentou o maior avanço no último ano, refletindo a preferência por formatos curtos e envolventes de vídeo .
Mudança de hábitos nos EUA
Nos Estados Unidos, o consumo via redes sociais (54%) superou não apenas a televisão (50%), mas também os sites e aplicativos de notícias, reforçando a transição dos hábitos informativos da população americana .
O papel dos influenciadores
Figuras como o podcaster Joe Rogan conquistaram grande visibilidade: 22% dos entrevistados declararam ter acessado notícias ou comentários do influenciador na semana anterior à pesquisa . Esse fenômeno reforça o desafio que criadores de conteúdo representam ao jornalismo tradicional.
X sob nova direção
Desde a aquisição pelo bilionário Elon Musk, em 2022, a plataforma X (antiga Twitter) registrou crescimento entre usuários de perfil político conservador, com a proporção de consumidores de notícias de direita triplicando nos EUA .
Chatbots e ceticismo
O relatório ainda aponta que o uso de chatbots de inteligência artificial para busca de notícias dobrou entre entrevistados menores de 25 anos. No entanto, 73% dos americanos relatam dificuldade em distinguir conteúdos verdadeiros de falsos nas redes sociais, o que evidencia desafios de verificação e governança da informação .
O futuro do jornalismo
Apesar da crescente migração para plataformas digitais e sociais, as marcas jornalísticas com reputação consolidada continuam valorizadas pelas audiências, embora seu alcance venha sendo reduzido face às novas dinâmicas de consumo .
Conclui-se que a paisagem informativa norte-americana está em plena transformação, com implicações profundas para veículos de comunicação, influenciadores e legisladores, que precisarão adaptar estratégias de produção, curadoria e regulamentação para garantir a qualidade e a confiança das notícias.
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