Circulam desde a tarde de terça-feira (17/06/2025) boatos em plataformas de mensagens e redes sociais de que Israel teria executado o ex-presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, sua esposa e dois filhos. A informação ganhou força após publicações de canais não oficiais, mas não encontra respaldo em fontes primárias: não há qualquer confirmação de autoridades israelenses ou iranianas, tampouco registros em agências internacionais de notícias que corroborem o episódio .
Em paralelo, o confronto entre Israel e Irã intensificou-se nos últimos dias. Em 13 de junho, uma série de ataques aéreos israelenses atingiu instalações nucleares e centros de comando da Guarda Revolucionária em Teerã, resultando na morte de ao menos seis cientistas nucleares e vários comandantes‐seniores, conforme informou a Reuters .
Até o fechamento desta edição, o Ministério da Defesa de Israel não havia se manifestado sobre qualquer operação direcionada contra Mahmoud Ahmadinejad ou sua família. No Irã, o Ministério das Relações Exteriores também não emitiu nota oficial negando ou confirmando a alegação. Fontes diplomáticas de Teerã consultadas sob condição de anonimato afirmam não ter “nenhuma evidência de que Ahmadinejad tenha sido vítima de atentado fatal”.
Especialistas em desinformação apontam que, em contextos de conflito, rumores sobre eliminação de líderes costumam disparar rapidamente nas redes, alimentados por contas automatizadas e interesses políticos. Até que haja confirmação em veículos com histórico de apuração rigorosa ou declaração oficial dos governos envolvidos, tais informações devem ser tratadas como infundadas.
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