No sábado, 7 de junho de 2025, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), surpreendeu os participantes do encerramento do Fórum Esfera Brasil ao dividir o microfone com o cantor Bell Marques e entoar, ao seu lado, o clássico “Amor Perfeito” – imortalizado por Roberto Carlos – durante o evento realizado no Guarujá (SP). A cena descontraída ganhou as redes sociais e repercutiu em portais especializados em celebridades, como o do jornalista Léo Dias.
O Fórum Esfera Brasil, realizado nos dias 6 e 7 de junho, reuniu autoridades, empresários e representantes do setor público para debater o desenvolvimento econômico nacional. Após as palestras e painéis oficiais, Barroso optou por manifestar seu apreço pela música e pela cultura popular – traço pessoal já documentado em outras ocasiões, como quando interpretou “Garota de Ipanema” com Paula Lima em evento particular de líderes do setor de tecnologia em Brasília.
A repercussão não foi apenas de admiração pelo lado humano do ministro. Alguns críticos ressaltaram as possíveis implicações de um chefe do Judiciário participando de momentos de entretenimento, questionando o decoro exigido pelo cargo. No Twitter, o influenciador André Marsiglia ironizou:
“Barroso, quem deve estar cantando ‘cada minuto é muito tempo sem você/vem me tirar da solidão’ é seu gabinete no Supremo.” x.com
Especialistas em direito constitucional apontam que, embora não haja impedimento legal para magistrados participarem de eventos culturais, atos dessa natureza podem influenciar a percepção pública sobre a imparcialidade e a sobriedade exigidas do Poder Judiciário. Para o professor de Direito da Fundação Getulio Vargas, Dr. Eduardo Moraes, “a manutenção da confiança institucional depende, sobretudo, da conduta dos magistrados mesmo fora do âmbito estritamente jurídico”.
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