Na tarde de sábado, 7 de junho de 2025, as ruas do Setor Tradicional de Planaltina foram tomadas por cerca de 150 mil fiéis e visitantes, segundo estimativa da Administração Regional, para a 143ª edição da Festa em Honra e Louvor ao Divino Espírito Santo . Considerada a segunda maior celebração cultural do Distrito Federal — atrás apenas da Via Sacra do Morro da Capelinha —, o cortejo percorreu a Avenida Goiás e as vias adjacentes, com bandeiras, foliões e cavaleiros integrando um espetáculo de fé e tradição popular .
Com raízes que remontam às manifestações religiosas trazidas ao Brasil no século XVI e oficializadas em Portugal desde 1321, a Festa do Divino de Planaltina ganhou status de patrimônio cultural imaterial do Distrito Federal em maio de 2013, por meio do Decreto nº 34.370, assinado pelo então governador Agnelo Queiroz . Em Planaltina, a celebração sucede-se ininterruptamente desde 1882, quando foi reconhecida pela Imperatriz Auta Carlos de Alarcão, consolidando-se como um dos marcos do calendário local.
Ao longo de nove dias de novena, a programação incluiu missas solenes, celebrações orantes com entrada dos “imperadores” e a caracterização da “Folia de Rua”, momento alto em que as comunidades urbana e rural se unem em cortejos e cânticos. Nesta edição, o Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Turismo, aportou aproximadamente R$ 1 milhão para infraestrutura, som e iluminação, além de apoio logístico para ambulantes e equipes de segurança .
“Estamos ansiosos para celebrar essa tradição que une fé, cultura e solidariedade”, declarou Antônia Reis, integrante do casal de foliões que representa as “caixeiras” na procissão, ao lado de Rogério Sizenando . Os agentes locais reforçam que a festa também tem papel social, com arrecadação de donativos e doação de alimentos aos mais necessitados, seguindo o espírito comunitário do Divino Espírito Santo.
Reconhecida pela riqueza simbólica e pela capacidade de mobilização popular, a Festa do Divino Espírito Santo de Planaltina reafirma sua importância para a identidade cultural do Distrito Federal. O encontro das bandeiras, momento mais aguardado, e as barracas de comidas típicas garantem à celebração um caráter turístico e religioso, atraindo visitantes de toda a região Centro-Oeste .
Sobre o autor
Hamilton Silva é jornalista desde 1998, economista pela Universidade Católica de Brasília e editor-chefe do portal DFMobilidade.
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