O governo de centro-esquerda da Alemanha sofreu um duro golpe nesta segunda-feira, 16, após o chanceler Olaf Scholz perder um voto de confiança no parlamento. Com 394 votos contrários, 207 a favor e 116 abstenções, a liderança da coalizão entre o Partido Social-Democrata (SPD), os liberais do FDP e os Verdes entrou em colapso, abrindo caminho para a realização de novas eleições antecipadas.
O cenário político de instabilidade começou a se intensificar em novembro, quando divergências dentro da coalizão enfraqueceram a base de apoio de Scholz. A moção de desconfiança aprovada pelo parlamento representa o último capítulo da crise, que culmina na dissolução do governo.
Com a queda do chanceler, o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier deverá dissolver o Parlamento nas próximas semanas. A expectativa é de que as eleições sejam convocadas para o dia 23 de fevereiro, quando o país deverá escolher um novo nome para liderar o governo.
Durante o período de transição, Olaf Scholz e seu gabinete permanecerão no cargo de maneira interina. O novo governo, por sua vez, terá o desafio de restaurar a confiança pública e enfrentar os impactos da crise política que atinge a Alemanha.
A situação deixa o país em um momento delicado, enquanto analistas políticos destacam as dificuldades da próxima liderança em unificar uma nação marcada por divisões internas e pressões econômicas crescentes.