Em uma entrevista concedida nesta segunda-feira (16), o ex-presidente e agora presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a direcionar críticas severas contra as práticas comerciais do Brasil. Trump afirmou que o país sul-americano, junto à Índia, impõe tarifas excessivas a produtos americanos, prometendo “reciprocidade” em suas políticas de importação caso essas práticas não sejam revistas.
Principais declarações: Durante a entrevista, Trump declarou:
> “A Índia taxa muito, o Brasil nos taxa muito. Se eles querem nos taxar, tudo bem, mas vamos taxá-los da mesma forma.”
A fala reforça o tom protecionista característico da política comercial de Trump. O Brasil, que tem nos últimos anos mantido relações comerciais estratégicas com os Estados Unidos, foi colocado como um dos alvos principais do discurso de “tarifas justas”.
Contexto e impacto
Esta declaração vem em um momento de tensão global em relação a tarifas e relações bilaterais. O Brasil tem exportado produtos como aço, alumínio e commodities agrícolas para os Estados Unidos, muitos dos quais já enfrentaram sanções em administrações anteriores de Trump.
Em seu primeiro mandato, Trump havia imposto tarifas sobre o aço brasileiro, sob a justificativa de proteger a indústria americana. Na ocasião, a medida causou fortes reações entre líderes brasileiros, mas o país manteve suas exportações em níveis significativos.
Reações possíveis e cenário futuro
Analistas destacam que uma retaliação tarifária americana contra o Brasil pode impactar o agronegócio e setores industriais brasileiros, que dependem do mercado dos EUA. Com a promessa de “reciprocidade”, Trump sinaliza que não hesitará em reforçar barreiras comerciais.
Em resposta, o governo brasileiro ainda não se manifestou oficialmente, mas a declaração tende a reacender debates internos sobre como manter o equilíbrio entre proteger a economia nacional e preservar as relações com uma das maiores potências mundiais.