Após quatro anos de sua derrota para Joe Biden em 2020, Donald Trump (Republicano) retorna à Casa Branca, desta vez superando Kamala Harris (Democrata) e conquistando uma vitória histórica que repercute em toda a imprensa americana. Em uma eleição marcada por intensas divisões, atentados contra sua vida e uma disputa acirrada, Trump emergiu vencedor não só no colégio eleitoral, mas também no voto popular – algo raro para um republicano, que não acontecia há duas décadas.
A volta de Trump ao cenário político é um marco significativo. Desde a derrota em 2020, o ex-presidente manteve forte presença pública, criticando as políticas de Biden e acumulando apoio entre eleitores insatisfeitos com a direção que o país tomou sob o governo democrata. Sua campanha, contudo, não foi isenta de desafios. Este ano, Trump enfrentou atentados durante eventos eleitorais, o que intensificou as tensões e mobilizou simpatizantes e críticos.
Em seu discurso de vitória, Trump procurou adotar um tom conciliador, enfatizando a necessidade de “sarar o país”. A mensagem contrasta com o seu histórico de postura confrontativa, sugerindo uma tentativa de unificar uma nação profundamente polarizada. Ele reafirmou que seu novo mandato será um tempo de “cura e reconstrução”, um posicionamento que pode sinalizar a busca de maior cooperação entre republicanos e democratas, ao menos na retórica.
A conquista do voto popular adiciona peso ao resultado de Trump. Nos Estados Unidos, o sistema de “voto colegiado” normalmente decide o presidente, e o candidato com maior número de votos populares nem sempre é o vencedor. A obtenção do voto popular é interpretada por analistas políticos como um reflexo claro do descontentamento da população com o governo de Biden e as políticas democratas que marcaram os últimos quatro anos.