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Paulo Gonet nega pedido da oposição para investigar “milícias digitais”

Paulo Gonet (PGR) com presidente Lula - Crédito Agência Brasil
Paulo Gonet (PGR) com presidente Lula - Crédito Agência Brasil

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se no Supremo Tribunal Federal (STF) contra um pedido da oposição para investigar as “milícias digitais” ligadas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT.
Ele pediu ao ministro Alexandre de Moraes que não investigue integrantes da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), da comunicação do PT, do Instituto Lula, bem como influenciadores digitais governistas que formariam uma organização criminosa dedicada a “promover desinformação e atacar opositores do atual governo”.
O pedido de investigação foi apresentado à Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos deputados Filipe Barros (PL-PR) e Bia Kicis (PL-DF) e está baseada numa série de reportagens publicadas em junho pelo jornal O Estado de S. Paulo que narraram reuniões diárias da Secom com equipes do PT e influenciadores para promover “ataques coordenados contra críticos” de Lula e descredibilizar a imprensa. O trabalho também é realizado, segundo o veículo, com a ajuda de uma agência de marketing que recebe mensalmente do PT R$ 117,7 mil via fundo partidário.
Os parlamentares da oposição pediram que a PGR investigasse o grupo no inquérito das “milícias digitais”, aberto por Moraes em 2021 para apurar a atuação de políticos, militantes e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais. Essa investigação foi aberta de ofício pelo ministro e originou outras investigações, que incluem a falsificação de um cartão de vacina de Bolsonaro e a tentativa de vender joias que ele ganhou de presente em seu mandato. Para Gonet, o pedido da oposição contra o PT não apontou, “de maneira objetiva e inequívoca, fato minimamente individualizado que justifique a adoção de providências penais”.

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