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Mais de 20 anos após o 11 de setembro 5 homens presos em Guantanamo ainda aguardam julgamento

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Mais de 20 anos após o 11 de Setembro de 2001, cinco homens presos em Guantánamo ainda aguardam julgamento por seu suposto envolvimento nos ataques terroristas. Todos eles confessaram o crime em 2007 – depois de anos sob tortura. Por isso, a defesa argumenta que as declarações são inadmissíveis como prova. A acusação teme que elas sejam descartadas, enfraquecendo as chances dos réus serem condenados à morte.

O impasse poderia ser resolvido por um acordo entre as partes, em que os acusados reconheceriam a culpa em troca de prisão perpétua, em vez da pena capital. A solução vem ganhando força nos últimos meses, e reuniões entre a Procuradoria e familiares das vítimas e sobreviventes para discutir a proposta foram realizadas. Alguns apoiam a ideia para encerrar o caso, outros exigem um julgamento que dê transparência ao que ocorreu – sobretudo ao papel do governo saudita – e leve à execução dos culpados. Do lado da Casa Branca, um acordo também é politicamente espinhoso: que presidente quer ser lembrado como aquele que negociou com os arquitetos do ataque às Torres Gêmeas? Na última quarta-feira (6), o governo de Joe Biden já rejeitou, por exemplo, uma lista de condições propostas pela defesa para aceitar um acordo, entre elas tratamento para distúrbios do sono, lesões cerebrais e danos gastrointestinais, que os réus afirmam ser consequência do período em que foram torturados.

A informação foi obtida pelo jornal The New York Times. Há ainda outro complicador: em agosto, uma junta médica militar avaliou que um dos acusados, em decorrência de uma doença mental, é incapaz de ir a julgamento ou fazer um acordo, segundo o jornal americano. Ele teria recebido o diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático. Cabe agora ao juiz decidir se ele será separado dos demais ou se a Justiça vai aguardar o tratamento do réu. O principal acusado é o paquistanês Khalid Shaikh Mohammed, 58, apelidado de KSM. Capturado em 2003, é apontado como o idealizador do ataque -ele teria proposto o sequestro de aviões ao então líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, e supervisionado todo o planejamento da operação. Foto: reprodução

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