Hoje teve reunião entre Talibã e China. Dias após a reunião com os EUA na cidade portuária de Tianjin, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, acolheu uma delegação de nove membros do Talibã, que incluía o principal negociador e líder político do grupo, Mullah Abdul Ghani Baradar.
De acordo com uma declaração do ministério, Wang disse aos líderes do Talibã que a “retirada precipitada” dos EUA do Afeganistão é uma marca de suas falhas políticas no país, e que a China não irá interferir nos assuntos internos do Afeganistão, ele disse, acrescentando que o Talibã é esperado para “desempenhar um papel importante no processo de paz, reconciliação e reconstrução” do país.
Enquanto isso, as negociações de paz estão em andamento entre representantes do governo afegão e do Talibã em Doha, Catar. Os líderes chineses também aproveitaram a oportunidade para exigir que o Talibã corte todos os laços com o “Movimento Islâmico do Turcomenistão Oriental” (ETIM), que Pequim tem frequentemente culpado por ataques em sua província mulçumana de Xinjiang.
O movimento “representa uma ameaça direta para a segurança nacional e a integridade territorial da China”, disse Wang, acrescentando que “é responsabilidade comum da comunidade internacional lutar contra o ETIM”. Até 2019 o Talibã acusava a China de perseguição e genocídio contra a minoria islâmica uigur de Xinjiang, mas nesta região os líderes do grupo terrorista prometeram “respeitar a segurança nacional da China”, disse o porta-voz do grupo no Twitter.
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Fonte: The Washington Post