Em entrevista à CBN, o advogado e comentarista Paulo Roque defendeu com firmeza o cumprimento irrestrito da decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que declarou a greve dos professores ilegal e determinou o retorno imediato ao trabalho. Para Roque, não bastaria a suspensão da multa diária de R$ 1 milhão – seria imperativo que todos os educadores retomassem as aulas sem mais delongas.
“O que a Justiça decidiu tem de ser obedecido. Se a ilegalidade da greve permanece, não existe justificativa plausível para manutenção da paralisação”, afirmou Roque, apontando que a própria cautela que suspendeu a multa não invalida o mérito da proibição do movimento paredista. “Quem só recorre ao Judiciário quando lhe convém desrespeita o Estado de Direito”, acrescentou, ao criticar a “seletividade” que vê no uso das liminares.
O comunicador ressaltou ainda o impacto imediato da greve na formação dos alunos: “Enquanto alguns se especializam em driblar decisões judiciais, crianças e adolescentes ficam sem aula, sem voz e sem perspectiva de progresso. É um prejuízo que não pode mais se repetir”. Para Roque, a insistência em prolongar a paralisação evidencia “um costume enraizado de impunidade” no setor educacional, que precisa ser revertido com rigor e responsabilidade.
Sem omitir seu posicionamento, ele concluiu que a obediência ao veredito judicial é a única via para restaurar a normalidade nas escolas: “Não se discute o mérito da greve quando a Justiça já se pronunciou. É hora de voltar às salas de aula, ponto final”.
Sobre o autor
Hamilton Silva é jornalista e economista, formado pela Universidade Católica de Brasília, com pós-graduação em gestão financeira. Fundador e editor-chefe do Portal DFMobilidade, atua há mais de 25 anos na cobertura de políticas públicas e mobilidade urbana no Distrito Federal.
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