Em funcionamento desde o início de março, o programa “Vai de Graça”, que implementou tarifa zero aos domingos e feriados no Distrito Federal tem movimentado não apenas os coletivos, mas também os pontos turísticos e o comércio local.
Desde que a medida entrou em vigor, milhares de brasilienses e visitantes da capital estão utilizando os transportes públicos nos domingos e feriados, o que desencadeou em aumento de 50% de usuários nas linhas de ônibus e metrô, o que tem refletido diretamente na economia local e no comportamento dos consumidores.
Um dos exemplos desse impacto é Alessandro Souza, 45 anos, que vende caipirinhas na Prainha do Lago Norte há mais de uma década. Com os domingos mais movimentados, ele relata aumento nas vendas. Alessandro afirma que o clima ensolarado, somado à isenção da tarifa, tem atraído mais visitantes de diferentes regiões do DF.
“Nos últimos domingos está bem cheio, creio que tenha a ver sim com a gratuidade das passagens. Estou vendendo bem melhor”, contou ele ao Correio Braziliense.
Do ponto de vista institucional, a medida também tem sido bem observada, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista-DF), Sebastião Abritta, destacou um crescimento na circulação de consumidores entre 20% e 30% desde o início da iniciativa.
A Fecomércio-DF, por sua vez, informou ao Correio que pretende realizar uma sondagem após 90 dias da implantação da medida, com o objetivo de mensurar seus efeitos concretos no comércio e no turismo local.
Ciro Monteiro, gerente de uma loja de calçados no Conjunto Nacional, afirma que o movimento cresceu cerca de 10%, com ações promocionais específicas para os domingos.
“As pessoas vêm para passear e acabam olhando as lojas e considerando levar algo para casa. E isso nos alegra bastante”, afirmou.
Para os consumidores, a gratuidade representa mais liberdade e acesso ao lazer. Moradoras de São Sebastião, Rebeca Carvalho e Kaylane dos Santos relataram ao Correio Braziliense que antes evitavam sair aos domingos devido ao custo da passagem. Agora, aproveitam para visitar pontos turísticos e fazer pequenas compras com o dinheiro que antes era reservado ao transporte.
