Professores decidem continuar “greve política”

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Professores e orientadores educacionais da rede pública do Distrito Federal decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (10), manter a greve iniciada em 2 de junho por tempo indeterminado. O encontro ocorreu no estacionamento entre o Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte) e a Torre de TV, com votação praticamente unânime entre os cerca de 3 000 participantes .

O movimento paredista, que chegou hoje ao nono dia, ganhou novo impulso após a suspensão, na última sexta-feira (6), da multa diária de R$ 1 milhão imposta pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). A penalidade atendia a pedido do Governo do Distrito Federal (GDF), mas foi revertida pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão favorável ao Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) .

Entre as principais pautas de reivindicação estão reajuste salarial, nomeação imediata de aprovados em concurso, implementação de um novo plano de carreira e correção de inconsistências no envio de dados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) . Segundo o professor Caio Romão, da Escola Classe 1 da Candangolândia, “nosso movimento é legítimo e legal. Temos 60% de professores temporários e mais de 5 mil aprovados à espera de nomeação” .

Em contraponto à estimativa de paralisação em cerca de 80% das escolas, mencionada pelo Sinpro-DF, a Secretaria de Educação do DF (SEEDF) divulgou que apenas 102 das 713 unidades educacionais – cerca de 14% do total – aderiram integralmente ao movimento nesta semana .

Na última semana, as Secretarias da Casa Civil, de Economia e de Educação do GDF apresentaram quatro propostas: convocação de 3 000 professores em dezembro de 2025; prorrogação da validade do concurso realizado em 2022; realização de novo certame no segundo semestre; e construção de um cronograma para reestruturação da carreira em até 90 dias, sob mediação do TJDFT . O Sinpro-DF considerou as sugestões insuficientes e informou que não houve negociação efetiva desde a primeira assembleia, buscando retomar o diálogo por meio de interlocutores junto à SEEDF .

A mobilização será intensificada com ações conjuntas: enfermeiros do DF farão paralisação de 12 horas em ato unificado em frente ao Palácio do Buriti nesta quarta-feira (11); carro de som percorrerá os eixos Monumental e W3 no próximo fim de semana; e um novo “piquetaço” está agendado para acompanhar a próxima assembleia geral em 16 de junho .

 


 

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