Mal começou o aquecimento para as eleições de 2026, e o submundo das pesquisas falsas e enquetes manipuladas já está a todo vapor. Nas redes sociais, multiplicam-se levantamentos “de fundo de quintal” criados para simular favoritismo e influenciar a opinião pública.
Além desse cenário, outro fenômeno se repete no período pré-eleitoral: veículos de comunicação recém-criados, muitos deles com donos sem qualquer histórico jornalístico — e alguns até ligados a ex-presidiários da Lava Jato — surgem se autointitulando “defensores da verdade”. A tática é clara: atacar, difamar e tentar desconstruir reputações, escolhendo alvos específicos para produzir narrativas que interessem a seus financiadores.
O eleitor brasiliense precisa ficar atento: pesquisa séria é feita por instituto reconhecido, com metodologia registrada e auditoria. Fora disso, é puro artifício para manipulação. As chamadas pesquisas encomendadas, que inundam redes sociais e até portais duvidosos, sempre têm um patrocinador por trás — alguém que paga para aparecer na mídia, impulsionar postagens e criar a sensação artificial de apoio popular.
Na prática, trata-se de um ecossistema paralelo de desinformação eleitoral: páginas anônimas, perfis fantasmas, sites sem CNPJ, enquetes fabricadas e números sem fonte confiável. Tudo com um único propósito — induzir o eleitor ao erro.
A recomendação dos especialistas é objetiva:
• Desconfie de pesquisas sem instituto e sem registro;
• Questione quem paga pela divulgação;
• Verifique se o veículo tem credibilidade real;
• Não compartilhe números sem fonte.
O eleitor consciente será, mais uma vez, a principal barreira contra a indústria da desinformação.
Por: Hamilton Silva é jornalista e editor-chefe do portal DFMobilidade