A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de 8 de outubro, a retirada de pauta da MP 1.303/2025 por 251 votos a 193 — e a medida perdeu a validade no mesmo dia. A MP elevava tributos sobre aplicações financeiras e aumentava a CSLL de instituições financeiras como “compensação” ao recuo do governo no IOF. Em bom português: mais carga para quem produz e consome.
No Distrito Federal, três nomes bancaram a permanência da MP em votação — e, na prática, a agenda de mais impostos: Erika Kokay (PT), Reginaldo Veras (PV) e Rodrigo Rollemberg (PSB) votaram “não”. Do outro lado, Alberto Fraga (PL), Bia Kicis (PL), Fred Linhares (Republicanos) e Júlio César Ribeiro (Republicanos) votaram “sim” à retirada; Rafael Prudente (MDB) não votou. O “sim” era para tirar a MP de pauta (e derrubá-la); o “não” era para mantê-la viva.
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Para um DF sustentado por serviços e pequenos negócios, qualquer aumento de custo financeiro aperta o caixa de MEIs, micro e pequenas empresas — o crédito fica mais caro, a margem encolhe e o emprego sofre. O recado do Plenário foi claro; o dos três parlamentares, também.
2026 está logo ali. Memória de eleitor não se parcela.
Por: Hamilton Silva é jornalista e editor-chefe do DFMobilidade
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