URGENTE: manobra imoral no Congresso pressiona votação no Senado para volta dos ‘ficha-suja’

Crédito: Agência Senado
Crédito: Agência Senado

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 192/2023, que altera as regras de inelegibilidade e pode beneficiar políticos corruptos, de ficha suja, para disputa nas eleições de 2026, entra na pauta de votação nesta terça-feira 26 de agosto.

O projeto modifica a contagem do início e o prazo de duração da inelegibilidade, estabelecendo um prazo único de oito anos a partir de eventos específicos, como a decisão que determinar a perda do mandato ou a condenação por órgão colegiado. A proposta, que recebeu relatório favorável do senador Weverton (PDT-MA), segue agora para o Plenário do Senado em regime de urgência.

 


MCCE Repreende Manobra Discreta a Caminho da Volta Política

Um movimento nos bastidores que cheira a “jeitinho” acendeu o alerta de entidades cívicas, enquanto algumas alas do Senado avaliam, às escondidas, caminhos para viabilizar o retorno de figuras políticas polêmicas ao cenário oficial.

A mobilização vem do MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral), que classificou a tentativa como “artimanha inaceitável”, destacando o risco de banalizar a moralidade pública em nome de interesses pessoais. A entidade defende que o Estado de Direito não pode ceder à lógica de conveniência: reforma legislativa pensada em sala fechada, dizem, não deve atropelar o princípio básico da igualdade diante da lei.

Nos corredores do poder, sussurra-se que a discussão gira em torno de brechas formais, petições com aparência técnica, talvez um voto de misericórdia travestido de interpretação benigna das normas. O MCCE, no entanto, sublinha que tais movimentos, ainda que revestidos de legalidade aparente, não escapam da crítica — afinal, ética e transparência são compromissos com a sociedade, não meras sugestões.

Disputa entre Realismo Político e Hegemonia da Moral

Na visão do MCCE, o que está em jogo não é apenas uma eventual recondução — é a credibilidade do Legislativo. Para a entidade, liberar o chamado “jeitinho” legal significa estimular precedentes que corroem a confiança pública. E a política, alerta-se, só se reequilibra com respeito irrestrito às regras que estabelecem quem pode ou não retornar ao convívio institucional.

Para um observador político independente, mais irônico que analista de café, a força-tarefa contra supostas brechas sinaliza que “o Senado anda em alerta: quem brinca de cabide de emprego político corre risco de receber ‘cartão amarelo’ do eleitor — e do Supremo.”

Implicações e Desdobramentos

  • Impacto cívico: O episódio reacende o debate sobre impunidade e seletividade no sistema político brasileiro.
  • Pressão pública: A atuação do MCCE tende a mobilizar ainda mais a opinião pública e grupos de controle social, enquanto redes sociais já fervilham com memes e hashtags sobre moralidade e memória institucional.
  • Repercussão legislativa: Caso a tentativa avance, pode resultar em propostas de amparo à lei eleitoral — para fechar lacunas legais — ou até mesmo em ação direta sobre a constitucionalidade da iniciativa.

Este cenário evidencia a tensão entre o pragmatismo institucional e o compromisso ético com a legalidade. No jogo político brasileiro, há quem acredite que a “falha criativa” se resolve com retórica; o MCCE, porém, insiste numa abordagem menos poética e mais jurídica — e, convenhamos, bem necessária.

 

 

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA:

 

MCCE REPUDIA O ATAQUE À LEI DA FICHA LIMPA POR MEIO DO PLP 192/2023 E DO PLP 112/2021

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) vem a público manifestar repúdio às recentes investidas do Senado Federal contra a Lei da Ficha Limpa, uma das mais importantes conquistas da sociedade brasileira no combate à corrupção e na defesa da ética na política.

Nesta terça-feira, 26 de agosto, está prevista para votação no Plenário do Senado a apreciação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 192/2023, que representa um grave retrocesso à legislação eleitoral. Tal projeto enfraquece diretamente os dispositivos da Lei da Ficha Limpa ao flexibilizar os prazos de inelegibilidade, permitindo que políticos condenados por crimes graves retornem mais rapidamente às urnas, mesmo sem o cumprimento integral das sanções previstas em lei.

Aprovada em 2010 por meio de iniciativa popular, com o apoio de mais de 1,6 milhão de brasileiras e brasileiros, a Lei da Ficha Limpa tornou-se símbolo do engajamento cívico e da luta contra a impunidade. Enfraquecê-la é desrespeitar a vontade popular e abrir caminho para o retorno precoce de agentes públicos que já traíram a confiança do povo.

Este ataque não é um caso isolado. Também tramita no Senado o PLP 112/2021, que igualmente ameaça pilares fundamentais da Lei da Ficha Limpa e do sistema de fiscalização eleitoral. Ambos os projetos beneficiam interesses da classe política em detrimento da democracia, da transparência e da moralidade pública.

O MCCE alerta a sociedade civil e conclama todas e todos a se mobilizarem: é urgente que cidadãs e cidadãos pressionem suas representantes e seus representantes no Senado para que votem contra o PLP 192/2023 e o PLP 112/2021.

A democracia brasileira não pode ser enfraquecida por medidas legislativas que desconstroem avanços históricos e comprometem a integridade das eleições. A Lei da Ficha Limpa é patrimônio do povo brasileiro e sua defesa é um dever coletivo.

Diga NÃO ao retrocesso. Diga SIM à ética na política. Brasília/DF, 25 de agosto de 2025

Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral

MCCE

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