Na última quarta-feira, 30 de julho de 2025, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, enquadrando-o na Global Magnitsky Human Rights Accountability Act, por supostas detenções arbitrárias e repressão à liberdade de expressão .
A medida, baseada no Executivo Order 13818, prevê o bloqueio de bens, o congelamento de contas bancárias nos EUA, o cancelamento de vistos e a proibição de entrada no país. Além disso, segue-se à revogação dos vistos de Moraes e de seus familiares pelo Departamento de Estado em 18 de julho de 2025 .
Por força das sanções, todos os “US persons” — incluindo instituições financeiras e empresas de tecnologia — estão proibidos de realizar transações, prestar serviços ou manter qualquer relação comercial com o magistrado, salvo se autorizados por licença específica da OFAC. A infração pode acarretar penalidades civis e criminais nos EUA .
Apesar disso, o site Pleno.News informa que a Microsoft comunicou ao Poder360 sua decisão de continuar prestando serviços corporativos ao STF e a seus colaboradores, sem bloqueios. O Google também deve manter acessos — como Gmail e YouTube — para o ministro e sua equipe .
Tecnicamente, porém, não existe salvo-conduto geral para funções judiciais no programa Magnitsky: a OFAC emite, quando necessário, licenças gerais ou específicas para autorizar atividades que seriam proibidas. Sem essa autorização, a manutenção de serviços a indivíduos bloqueados pode configurar violação direta das normas norte-americanas .
No Brasil, a reação política tem sido intensa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou as sanções como intromissão inaceitável à soberania nacional, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, chamou a revogação de vistos de “assédio de índole política” . Paralelamente, bancos brasileiros avaliam o impacto das restrições em operações internacionais .
O episódio expõe a crescente tensão diplomática entre Brasil e EUA, questiona a autonomia das cortes nacionais e impõe um dilema a empresas e autoridades: conciliar obrigações legais com a defesa dos interesses e da soberania do Estado brasileiro.
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Hamilton Silva