Um voo da companhia africana Ethiopian Airlines que decolou do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, rumo a Buenos Aires, no último sábado (20) declarou emergência no espaço aéreo argentino depois que a aeronave atingiu a quantidade mínima de combustível sugerida para os padrões de segurança aeronáutica.
Uma tempestade na região do terminal teria contribuído para a ocorrência. O Boeing 777-200, matrícula ET-ANQ, fez uma série de manobras ao redor da capital argentina à espera de condições para o pouso no aeroporto Internacional Ministro Pistarini (EZE).
Como parte do protocolo padrão para este tipo de emergência, o Aeroporto de Ezeiza suspendeu suas operações por cerca de 20 minutos para o tráfego aéreo local para permitir o pouso prioritário e seguro do voo da Ethiopian Airlines, com equipes de emergência em solo prontas para eventual atendimento de emergência.
Fontes relataram que o voo entre São Paulo e Buenos Aires tinha duração prevista de 2 horas e 32 minutos. Mas acabou voando por 3 horas e 29 minutos.
A passagem do Boeing chamou a atenção em vários pontos da cidade pela baixa altitude e rotas incomuns utilizadas pela aviação comercial na região.
A Administração Nacional de Aviação Civil (ANAC) da Argentina confirmou a ativação dos protocolos de segurança. Horas depois, a mesma aeronave decolou para o voo de retorno a Adis Abeba, operando como ET507, demonstrando que a situação foi gerenciada conforme o procedimento, sem consequências para a aeronave ou seus ocupantes, segundo o Aviacionline.
O cálculo de combustível a ser utilizado em um voo comercial prevê um excedente para eventuais esperas (órbitas) para pouso e desvios para aeroportos alternativos. Fatores como o peso da aeronave, condições meteorológicas e o modelo do avião entram nesse cálculo.