Petrobras concorda em pagar US$ 283 milhões ao fundo EIG Management para encerrar litígio nos EUA relacionado à Lava Jato

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Brasília, 10 de março de 2025 — A Petrobras, estatal brasileira do setor de petróleo e gás, anunciou um acordo para encerrar uma disputa judicial nos Estados Unidos com o fundo de investimento EIG Management. O acordo prevê o pagamento de US$ 283 milhões ao EIG e está relacionado ao investimento do fundo no FIP Sondas, antigo acionista da Sete Brasil, empresa envolvida na Operação Lava Jato.

A Operação Lava Jato, iniciada em 2014, revelou um esquema de corrupção que envolvia contratos da Petrobras e diversas empreiteiras brasileiras. A Sete Brasil, criada para fornecer sondas de perfuração para a Petrobras, foi diretamente afetada pelas investigações, levando à sua insolvência e a litígios com investidores, incluindo o EIG Management.

Em comunicado, a Petrobras afirmou que o acordo não constitui reconhecimento de culpa ou de prática de atos irregulares pela empresa. A estatal também informou que o valor acordado já estava provisionado em seus resultados financeiros, minimizando o impacto nas finanças da companhia.

O EIG Management, fundo de investimento com sede nos Estados Unidos, havia investido no FIP Sondas, que por sua vez era acionista da Sete Brasil. Com a insolvência da Sete Brasil e as perdas decorrentes, o EIG acionou a Petrobras na Justiça norte-americana, buscando reparação por seus investimentos.

Este acordo encerra uma das várias disputas judiciais internacionais enfrentadas pela Petrobras em decorrência dos desdobramentos da Lava Jato. A estatal tem se esforçado para resolver essas pendências legais e recuperar sua reputação no mercado global de petróleo e gás.

Analistas de mercado avaliam que a resolução desse litígio é um passo positivo para a Petrobras, permitindo que a empresa concentre seus esforços em investimentos e operações futuras, além de reduzir incertezas jurídicas que poderiam afetar seu desempenho financeiro.

A Petrobras reafirma seu compromisso com a transparência e a governança corporativa, buscando fortalecer seus controles internos e evitar a repetição de práticas irregulares que marcaram sua história recente.

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