O tiro saiu pela culatra. A tentativa dos deputados petistas Lindbergh Farias e Rogério Correia de impedir Eduardo Bolsonaro de deixar o país, com um pedido de apreensão de passaporte, não só fracassou, como agora virou um problemão dentro do próprio PT.
Nos bastidores, a cúpula do partido não esconde a irritação. Lindbergh e Correia estão sendo chamados, no mínimo, de “precipitados” e “patetas” – rótulos suaves diante da avalanche de críticas internas. O motivo? O pedido foi visto como uma jogada mal pensada, que apenas fortaleceu o discurso vitimista de Bolsonaro e sua base, sem qualquer efeito prático.
A verdade é que a ala mais pragmática do PT não queria esse tipo de desgaste desnecessário. Enquanto Lula busca vender a imagem de pacificador e evitar confrontos diretos com a família Bolsonaro, Lindbergh e Correia decidiram bancar os justiceiros – e falharam miseravelmente. O próprio STF sequer considerou a medida e o filho 03 do ex-presidente seguiu sua vida normalmente, enquanto o PT amarga mais uma polêmica autoinfligida.
Agora, o partido tenta conter o estrago, e os dois deputados, que já não são unanimidade entre os correligionários, terão que lidar com a pecha de amadores dentro da própria legenda.