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Médicos emitem nota de repúdio pela forma desrespeitosa que a Dra. Nise Yamaguchi foi tratada durante CPI da Pandemia

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A participação da Dra. Nise Yamaguchi à CPI da Pandemia nesta terça-feira (1) causou muita polêmica, sobretudo na área médica.

“A senhora não sabe nada de infectologia, nem estudou, doutora. A senhora foi aleatória mesmo, superficial”, essa foi a fala do senador Otto Alencar e apenas uma das falas desrespeitosas que a médica ouviu durante à CPI.

Profissionais da saúde, integrantes do Médicos Pela Vida, publicaram hoje uma nota de repúdio sobre a postura dos parlamentares para com a Dra. Nise, cuja profissional possui titulação internacional e inúmeras premiações na área da saúde.

“Nise Yamaguchi, à sua trajetória de 40 anos dedicados à saúde e à ciência, em defesa da vida. Uma atuação reconhecida mundialmente e que foi desconsiderada pela CPI. A Dra. Nise Yamaguchi tem sido boicotada o tempo todo na sessão, através de interrupções constantes nas suas respostas, sendo impedida, desta maneira, de pontuar objetivamente as perguntas, explicar detalhadamente as ações e os tratamentos contra a Covid-19. Uma ação aparentemente orquestrada por alguns senadores, sem precedentes”, diz um trecho da nota feita pelo corpo médico.

Confira a nota na íntegra:

Nota de repúdio à CPI da Pandemia

Médicos Pela Vida repudiam veementemente a postura de vários senadores no depoimento prestado pela Dra. Nise Yamaguchi à CPI da Pandemia, no Senado Federal.

Apesar da dedicação, da disposição em contribuir com a comissão e enriquecer o debate neste período de busca por soluções e o combate à Covid-19, têm demonstrado, no mínimo, total falta de respeito à Dra. Nise Yamaguchi, à sua trajetória de 40 anos dedicados à saúde e à ciência, em defesa da vida. Uma atuação reconhecida mundialmente e que foi desconsiderada pela CPI.

A Dra. Nise Yamaguchi tem sido boicotada o tempo todo na sessão, através de interrupções constantes nas suas respostas, sendo impedida, desta maneira, de pontuar objetivamente as perguntas, explicar detalhadamente as ações e os tratamentos contra a Covid-19. Uma ação aparentemente orquestrada por alguns Senadores, sem precedentes. Maneira bem diferente daquela direcionada a determinados depoentes, tratados como “damas”. Aliás, não é a primeira vez que uma “Mulher Médica” é tratada de forma imprópria nesta CPI.

Uma conduta seletivamente negativa, mirando não o bem do país, mas um resultado previamente programado.
Mais uma vez, Senadores, totalmente despreparados e com objetivos eminentemente partidários e eleitoreiros, perdem uma grande oportunidade de produzir ao Brasil e aos brasileiros, perspectivas efetivas de políticas públicas para a reversão do quadro da Pandemia no País.

A atitude de membros da CPI da Pandemia extrapolou todos os limites, desonra o Poder Legislativo e afronta a classe médica, que tem se dedicado exaustivamente para a reversão do quadro caótico que estamos vivendo no Brasil. Profissionais que se arriscam, estão na linha de frente, que se expõem na luta pelo bem-estar da população e não aceitam posturas inaceitáveis de políticos eleitos para representar e defender o povo brasileiro.

A Dra. Nise participa da CPI como convidada, mas foi tratada como testemunha. E está sendo atacada, ao invés de aproveitada, desconsiderando-se a sua brilhante carreira, as contribuições ao país e à ciência, independentemente de qual governo estivesse à frente como ela mesmo relatou. Isso mostra o risco da politização da medicina, que precisa manter os debates das questões médicas em ambiente técnico e jamais suprimir um lado, mesmo que esse contrarie interesses políticos.

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