Desde que assumiu a presidência do IBGE em julho de 2023, o economista Marcio Pochmann, figura histórica do PT, gerou críticas pela forma como conduz o órgão responsável pelas estatísticas nacionais. Com uma trajetória marcada pela militância partidária e posições socialistas, Pochmann parece priorizar a defesa de ideologias em detrimento de análises técnicas rigorosas.
Além do comprometimento ideológico que contamina os dados, há distorções graves na metodologia do IBGE, especialmente no cálculo do desemprego. A exclusão dos “desalentados” – pessoas que pararam de procurar emprego após 30 dias – mascara a situação real do mercado de trabalho. Além disso, a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) é frequentemente criticada por ser menos eficiente e representativa que alternativas como o CAGED, que coleta dados diretamente das empresas.
A postura de Pochmann frente ao órgão reflete mais o compromisso com agendas políticas do que com a precisão estatística. A manutenção de metodologias desatualizadas e a resistência aos avanços, como sugerido, reforçam o argumento de que o IBGE, sob sua liderança, prioridades narrativas que fortalecem o governo petista.
Marcio Pochmann não é apenas um economista, mas um verdadeiro “mágico dos números”, que transforma estatísticas em instrumentos ideológicos, enfraquecendo a revisão de um dos principais pilares técnicos do Brasil.
veja o porquê de minhas afirmações:
A metodologia do IBGE para medir o enfrentamento do desemprego enfrenta diversas críticas por falhas que comprometem a representatividade e a precisão dos dados. Entre os pontos mais criticos estão:
- Exclusão dos desalentados : A PNAD Contínua não considera como desempregados aqueles que desistiram de procurar emprego após 30 dias. Esses indivíduos, chamados “desalentados”, são excluídos da taxa de desemprego oficial, distorcendo a realidade do mercado de trabalho.
- Cobertura geográfica limitada : Embora a PNAD Contínua tenha substituído a PME com maior abrangência, permanecem dúvidas sobre a capacidade da pesquisa de refletir a diversidade econômica e social de diferentes regiões do país.
- Coleta de dados antiquados : O IBGE utiliza entrevistas domiciliares e por telefone para coletar informações (dados facilmente manipulados). Críticos, como Paulo Guedes, argumentam que métodos como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) – que coleta dados diretamente das empresas – são mais eficientes e precisos, para trazer informações em tempo real.
- Falta de alinhamento com o CAGED : Enquanto o CAGED reflete diretamente admissões e demissões formais, a PNAD utiliza amostras estatísticas. Essa diferença de abordagem gera disparidades entre os números apresentados por ambos os sistemas, prejudicando a confiança nos dados do IBGE.
Essas observações apontam para um atraso metodológico que compromete a confiabilidade das estatísticas e reforçam a percepção de que o IBGE, sob Marcio Pochmann, carece de um compromisso técnico robusto em prol de interesses políticos.
Tema para outro texto é a relação do crescimento do benefício de transferência de renda e a taxa de desocupação. Relação que magicamente escondem a realidade:
Em tempo:
- IBGE : Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Órgão responsável pela coleta, análise e divulgação de dados estatísticos, geográficos, econômicos e sociais do Brasil. - PNAD Contínua : Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
Pesquisa realizada pelo IBGE para medir indicadores socioeconômicos, como taxas de desemprego, renda e educação, a partir de amostras domiciliares representativas. - PME : Pesquisa Mensal de Emprego
anteriormente utilizada pelo IBGE, foi uma pesquisa focada em medir o desemprego em seis regiões metropolitanas, mas foi substituída pela PNAD Contínua em 2016 para ampliar a abrangência. - CAGED : Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
Sistema do governo federal que registra admissões e demissões de trabalhadores no mercado formal de trabalho, com base em informações fornecidas diretamente pelas empresas.