O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (3), que precisou desembarcar às pressas de uma aeronave da Força Aérea Brasileira em Belém (PA), após uma falha de motor antes da decolagem rumo à Ilha do Marajó. Segundo Lula, houve receio de incêndio: “tivemos que descer do avião com medo que pegasse fogo”, disse em entrevista à TV Liberal.
Em nota, o Planalto confirmou que o problema técnico-operacional foi identificado ainda em solo, durante o acionamento dos motores. Por protocolo de segurança, a FAB substituiu a aeronave por um avião reserva — um C-97 Brasília — e o voo seguiu normalmente, com a agenda presidencial cumprida em Breves (PA).
Relatos da imprensa local apontam que a aeronave inicial seria um C-105 (Casa/Amazonas), adequado a pistas curtas na região. O episódio ocorre às vésperas da COP30, que terá Belém como sede em novembro, e volta a colocar na vitrine a discussão sobre a idade da frota, custos de manutenção e a anunciada intenção do governo de adquirir novo avião para a Presidência — promessa ainda sem desfecho.
A comunicação oficial não atribuiu causas ao defeito, limitando-se a destacar o cumprimento dos protocolos e a disponibilidade de aeronave reserva em missões presidenciais — o mínimo esperado em segurança operacional. Em termos práticos, fica a pergunta que interessa ao contribuinte: a política de manutenção e renovação da frota está acompanhando a intensidade da agenda presidencial e as condições adversas da Amazônia, ou vamos seguir contando com a sorte a cada decolagem?
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