O Ministério das Relações Exteriores publicou uma série de mensagens nas redes em que afirma que o Poder Judiciário brasileiro julgou, com independência assegurada pela Constituição de 1988, os acusados pela tentativa frustrada de golpe de Estado, garantindo amplo direito de defesa. Segundo o Itamaraty, as instituições “deram sua resposta ao golpismo” e o Brasil continuará a defender a própria soberania contra agressões ou interferências, “venham de onde vierem”.
Em tom pouco usual para a diplomacia, a chancelaria menciona “ameaças” atribuídas ao político norte-americano Marco Rubio — a quem, no post, chama de “secretário de Estado” — e diz que manifestações que “atacam autoridade brasileira” e ignoram provas constantes dos autos “não intimidarão a nossa democracia”. (Nos Estados Unidos, o cargo de secretário de Estado é ocupado por Antony Blinken; Rubio é senador.)
As postagens sinalizam que o governo federal enxerga críticas externas às decisões do Judiciário como tentativas de influência indevida em assuntos internos. A resposta pública do Itamaraty, somada ao deslize factual sobre o cargo de Rubio, acirra o tom do debate e expõe a sensibilidade do tema no campo diplomático e político.
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