O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que estuda medidas judiciais contra acusações feitas por funcionários, ex-servidores e sindicatos, consideradas “mentiras” pela gestão do presidente Márcio Pochmann. Em nota divulgada nesta quarta-feira (15), o órgão repudiou ataques à sua administração e ressaltou a necessidade de esclarecer os fatos.
Um dos pontos de tensão é o retorno ao trabalho presencial e a transferência da Unidade Chile, no Rio de Janeiro, para um prédio do Serpro. Em protesto, trabalhadores realizaram uma greve de 24 horas em outubro de 2024.
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Pochmann, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defende sua gestão como a de “maior diálogo da história do órgão”. Contudo, críticos, incluindo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE (AssIBGE), alegam autoritarismo e falta de transparência.
Em dezembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro questionou a veracidade da taxa de desemprego divulgada pelo instituto, acusando-o de considerar beneficiários de programas sociais como empregados.
Sob a liderança de Pochmann, o IBGE também enfrentou críticas após publicar um mapa-múndi com erros, como a inversão dos períodos Jurássico e Cretáceo. O órgão reconheceu as falhas e corrigiu o material, mas o episódio aumentou o desgaste da gestão.
A trajetória de Pochmann, que já presidiu a Fundação Perseu Abramo e o Instituto Lula, alimenta acusações de aparelhamento político no IBGE.