O aumento de turistas estrangeiros em Belém para acompanhar a COP30 não se refletiu no bolso das profissionais da noite, que relatam frustração com o baixo retorno financeiro durante o evento. Apesar das expectativas de forte movimentação econômica — amplamente divulgadas pelo governo federal como um dos grandes legados da conferência — a realidade foi bem diferente.
Segundo relatos, muitas trabalhadoras chegaram a investir em aulas de inglês para atender melhor o público internacional, mas encontraram visitantes que “choravam preço”, negociavam excessivamente e gastavam menos do que o esperado. A expectativa de uma demanda elevada, alimentada pelo discurso oficial de que a COP traria grande impacto econômico à cidade, acabou se mostrando superestimada.
A situação alerta sobre o descompasso entre o que foi prometido pelo governo federal e o que efetivamente ocorreu na economia real de Belém — especialmente entre os setores informais que esperavam um impulso significativo durante o evento climático.
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