O líder religioso Frei Gilson, membro da congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo, recentemente reuniu mais de 1 milhão de fiéis em uma transmissão ao vivo realizada às 4h da manhã, marcando o início da Quaresma. Conhecido por suas orações na madrugada desde a pandemia, Frei Gilson busca oferecer conforto espiritual a quem enfrenta dificuldades ou insônia, promovendo uma conexão com a fé mesmo nas horas mais silenciosas da noite.
No entanto, o sucesso da transmissão gerou reações polarizadas nas redes sociais. Apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticaram o frei, associando-o ao ex-presidente Jair Bolsonaro e à produtora Brasil Paralelo, conhecida por conteúdos alinhados a pautas conservadoras. Um internauta afirmou que Frei Gilson seria “a aposta do bolsonarismo pra tomar a igreja católica”.
Em contrapartida, figuras públicas e políticos conservadores saíram em defesa de Frei Gilson. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) gravou um vídeo em apoio ao líder católico, destacando que os ataques seriam uma reação natural contra quem segue a Cristo. A vereadora de São Paulo, Zoe Martínez (PL), também manifestou apoio, questionando por que a fé católica estaria incomodando tantas pessoas e criticando comentários depreciativos feitos por jornalistas.
Frei Gilson, de 38 anos, ingressou na vida religiosa aos 18 e lidera o grupo musical Som do Monte, que utiliza a música como ferramenta de evangelização. Sua popularidade cresceu especialmente durante a pandemia, quando passou a realizar orações nas madrugadas, hábito que se consolidou como um espaço de reflexão e conforto espiritual para milhares de pessoas.
A polêmica em torno de Frei Gilson reflete a crescente polarização nas redes sociais, onde líderes religiosos com grande influência passam a ser alvo de debates políticos intensos.