Cumprindo o que já havia anunciado em entrevista na terça-feira (29/3), o deputado Daniel Silveira (União Brasil-RJ) não colocou a tornozeleira eletrônica, como foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a aplicação de novas medidas restritivas ao deputado, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de participar de eventos públicos.
Silveira é réu no Supremo por estimular atos antidemocráticos e ameaçar instituições. Ele chegou a ser preso por divulgar um vídeo com ameaças a ministros do Supremo, mas foi liberado em novembro do ano passado com a condição de não se comunicar com outros investigados e ficar fora das redes sociais.
Para não usar a tornozeleira, o deputado passou a noite na Câmara dos Deputados.
Na terça, Silveira chegou ao seu gabinete carregando um travesseiro. Momentos depois, o deputado Luiz Lima (PL-RJ) foi ao local carregando um colchão. Em conversa com o jornalista José Maria Trindade, da Jovem Pan News, Daniel Silveira disse que moraria na Câmara até que as medidas impostas contra ele fossem discutidas e ressaltou que possuía imunidade no Parlamento.
– Não vão colocar, não vão colocar [tornozeleira], porque está ilegal e inconstitucional. Aqui dentro do Parlamento, minha imunidade é inquestionável, eles têm que respeitar – declarou.