A Cúpula de Líderes que abre a COP30 nesta quinta-feira (6/11) começou sem representantes dos governos de Donald Trump (EUA) e Javier Milei (Argentina), criando um vazio político barulhento logo na largada do encontro. Segundo apuração junto ao Itamaraty, são 143 delegações com 57 chefes de Estado e de governo confirmados, além de mais de uma centena de autoridades entre ministros e enviados especiais. Mesmo assim, a cadeira norte-americana e a argentina ficaram vazias — e isso fala alto.
No caso dos Estados Unidos, a Casa Branca confirmou que não enviaria autoridades de alto nível à COP30; a embaixada em Brasília também atribuiu a ausência da delegação federal ao shutdown do governo, que travou viagens oficiais. Já a Argentina não chegou a registrar participação antes do início da cúpula, reforçando a opção de Milei por se manter fora das negociações multilaterais de clima.
Entre os presentes, figuram líderes europeus e latino-americanos, além de organismos multilaterais como ONU, União Europeia, Banco Mundial e agências da ONU, compondo o esforço diplomático para dar fôlego às discussões de financiamento climático e implementação de metas. A expectativa do governo brasileiro é usar a vitrine amazônica para cobrar compromissos de aporte e avançar em acordos setoriais — tarefa que fica mais custosa quando Washington e Buenos Aires optam por assistir de fora.
Em termos práticos, a ausência simultânea de EUA e Argentina tira tração de iniciativas que dependem de alinhamento político e financeiro, especialmente na agenda de transição energética e fundos climáticos. Ainda assim, a presença de 57 chefes de Estado e o número robusto de delegações mantêm a COP30 como palco central das negociações de 2025.
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