Bibo Nunes protocola 30º pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes

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O deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) protocolou, nesta quinta-feira (31), às 17h28, no Senado Federal, o 30º pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes .

Na peça endereçada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o parlamentar alega que Moraes cometeu crimes de responsabilidade e manteve conduta incompatível com a honra, a dignidade e o decoro do cargo. Entre os pontos elencados estão o “gesto obsceno” durante o clássico Corinthians x Palmeiras e a inclusão do ministro na lista de sanções internacionais dos Estados Unidos, com base na lei Global Magnitsky .

Com a apresentação de hoje, chegam a 30 os requerimentos de impeachment protocolados contra Alexandre de Moraes no Senado, segundo o levantamento do Diário do Poder; por sua vez, dados da CNN Brasil apontavam 29 petições em trâmite até a última semana .

O movimento encontra precedente no primeiro pedido, entregue em 20 de agosto de 2021 pelo então presidente Jair Bolsonaro — a primeira vez que um chefe de Executivo acionou o rito de impedimento contra um ministro do STF. À época, Rodrigo Pacheco rejeitou a iniciativa, citando falta de viabilidade jurídica e política .

Segundo o texto de Bibo Nunes, a motivação inicial foi o gesto de “mostrar o dedo do meio” feito por Moraes na noite de 30 de julho, em São Paulo — postura que, para o deputado, fere frontalmente a liturgia do Supremo. A segunda base do pedido é a sanção imposta pelos EUA, sob a Global Magnitsky Act, que bloqueia bens e proíbe transações comerciais do ministro em território norte-americano .

Especialistas em Direito ouvidos em Brasília avaliam que o novo requerimento dificilmente sairá da Secretaria-Geral do Senado, dada a postura cautelosa de Rodrigo Pacheco. Em agosto de 2024, o presidente da Casa afirmou que examinaria pedidos de impeachment contra Moraes com “prudência” e não vislumbra base jurídica para a criação de comissão especial .

Caso seja admitido, o pedido seguirá para análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que dispõe de até dez dias para emitir parecer. Se aprovado, retorna ao plenário para votação nominal, exigindo dois terços dos votos dos senadores para prosseguir .

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