O Banco Central (BC) subiu a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 2,3% para 3,2%. A revisão foi publicada no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado pela autoridade monetária nesta quinta-feira, 26.
No documento, o BC diz que a revisão decorre, principalmente, da “elevada surpresa positiva no segundo trimestre”. Entre abril e junho, o indicador avançou 1,4% em relação aos três meses anteriores.
“Sob a ótica da oferta, a alta na projeção de crescimento do PIB reflete elevação nas projeções para os três setores”, afirma o BC. “Houve elevação nas projeções tanto para o conjunto de atividades mais sensíveis ao ciclo econômico como para o conjunto das atividades menos cíclicas.”
Entre as atividades menos cíclicas, estão a agropecuária; indústria extrativa; atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; atividades imobiliárias; administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social. As demais são consideradas mais cíclicas.
BC reajusta projeção do PIB por setor
Para a indústria, a previsão foi ajustada de 2,7% para 3,5%. Já para o setor de serviços, a estimativa subiu de 2,4% para 3,2%.
No âmbito doméstico, a expectativa para o crescimento anual do consumo das famílias aumentou de 3,5% para 4,5%, a do consumo do governo foi de 1,8% para 2,7% e a da Formação Bruta de Capital Fixo passou de 4,5% para 5,5%.
Em relação às exportações, a projeção foi revisada de 0,5% para 3,2%, enquanto as importações devem saltar de 6% para 11,3%. Segundo o BC, os números “corroboram o cenário de aquecimento da economia no primeiro semestre”.
Já a agropecuária deve ter queda de 1,6% em 2024 ante 2023. A projeção de junho indicava baixa de 2% no setor.
Com o ajuste, a expectativa do BC passa a ser igual à projetada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No último dia 13 de setembro, o Ministério da Fazenda divulgou que a economia brasileira deve crescer de 3,2% em 2024.
Por outro lado, os especialistas do mercado financeiro esperam alta de 3% no PIB, segundo o Boletim Focus.