A circulação nas redes da foto de Luiz Inácio Lula da Silva com a camiseta “anistia”, registrada em 1979, reacendeu o debate sobre benefícios ligados ao período da ditadura. O presidente recebe, desde 1993, uma aposentadoria excepcional como anistiado político — benefício concedido pelo então Ministério do Trabalho e pago pelo INSS. Em 2009, o Ministério Público Federal no Distrito Federal analisou o caso e considerou a concessão legal.
Segundo checagens públicas, o valor mensal do benefício de Lula girava em torno de R$ 12,5 mil em 2024. Trata-se de uma aposentadoria específica, diferente das indenizações previstas na Lei 10.559/2002; a modalidade que amparou Lula foi extinta com a lei, mas quem já recebia manteve o direito.
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Também voltou à pauta o caso de Dilma Rousseff. Em maio de 2025, a Comissão de Anistia reconheceu a ex-presidente como anistiada e aprovou o pagamento de R$ 100 mil, em parcela única — não se trata de pensão mensal.
Com a mobilização recente por “anistia” a condenados pelos ataques de 8 de janeiro, a foto de 1979 virou munição simbólica. Mas, nos casos de Lula e Dilma, os fatos são administrativos e datados: um benefício previdenciário antigo e uma reparação única recente. O resto é ruído — e meme.
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Por: Hamilton Silva é jornalista e editor-chefe, economista e diretor da Associação Brasileira dos Portais de Notícias




