O Governo do Distrito Federal e o Governo de Goiás deram o primeiro passo para criar um consórcio público de gestão do transporte coletivo no Entorno do DF. O protocolo de intenções foi enviado à ANTT, com a expectativa de integrar contratos e padronizar a operação hoje sob responsabilidade federal.
O objetivo é permitir uma gestão compartilhada de tarifas, subsídios e fiscalização, com perspectiva de aporte anual conjunto para reduzir o custo ao passageiro e melhorar a qualidade do serviço. A proposta precisa ser aprovada pela CLDF e pela Alego.
Paralelamente, DF e GO solicitaram novo adiamento do reajuste de 2,91% nas passagens, previsto para entrar em vigor na segunda-feira, 22 de setembro. A medida busca evitar aumento imediato enquanto avançam as negociações e a modelagem do consórcio.
A ANTT já havia suspendido o aumento por prazo temporário e vem organizando dados operacionais do sistema semiurbano como etapa para uma eventual transição de gestão ao consórcio. A União, segundo interlocutores do processo, apoia institucionalmente a iniciativa, sem aporte financeiro direto.
A proposta — referida como Consórcio Interfederativo da Região Metropolitana do Entorno — prevê características de autarquia para assumir contratos e planejar o sistema, com foco em integração tarifária e melhoria da oferta nas cidades do Entorno.
Próximos passos incluem o aval do colegiado da ANTT, a tramitação legislativa no DF e em Goiás e a definição do modelo de subsídios. Até lá, os governos locais tentam segurar o reajuste para evitar mais pressão no bolso do trabalhador que cruza diariamente a divisa rumo ao Plano Piloto.
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