Em 28 de julho de 2025, uma comitiva de técnicos do Metrô de São Paulo embarcou rumo à China para dar início ao plano de trabalho com a CRRC Sifang, empresa chinesa vencedora da licitação internacional que prevê o fornecimento de 44 novos trens ao sistema metroviário paulista, em contrato avaliado em R$ 3,104 bilhões .
O certame, realizado em 27 de dezembro de 2024, foi disputado pela CRRC Sifang e pela Alstom. A CRRC apresentou a proposta vencedora de R$ 3,104 bilhões, formalizada em contrato no dia 22 de julho, após homologação ocorrida em 18 de abril deste ano. O instrumento de chancela final contou com a participação da Secretaria dos Transportes Metropolitanos de São Paulo (STM) e prevê vigência de 70 meses .
Do total de 44 composições, 22 serão destinadas à expansão da Linha 2-Verde — que ganhará extensão até a Penha, com entrega parcial prevista para 2027 — e as 22 unidades restantes reforçarão as linhas 1-Azul e 3-Vermelha. Cada trem terá capacidade para até 1,8 mil passageiros, velocidade máxima de 100 km/h, passagem livre entre os carros (gangway), sistema de ar-condicionado com controle automático de temperatura, portas USB, câmeras com 168 horas de gravação e operação totalmente automatizada via CBTC (Communications-Based Train Control) .
O financiamento do contrato será realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, a CRRC investirá R$ 50 milhões na implantação de uma fábrica em Araraquara (SP), com geração estimada de 100 empregos, onde parte final da montagem das composições ocorrerá em território nacional .
Segundo o cronograma estabelecido, o primeiro trem deverá ser entregue em até 21 meses, ou seja, até abril de 2027, e toda a encomenda deverá estar disponível para operação dentro de 60 meses a partir da assinatura — isto é, até julho de 2030 .
A incorporação dessas novas unidades faz parte do programa SP Nos Trilhos, que contempla mais de 40 projetos de infraestrutura ferroviária no Estado, com investimentos superiores a R$ 190 bilhões e previsão de construção de mais de 1 000 km de trilhos, modernização de frota e aquisição de aproximadamente 400 trens nos próximos dez anos — iniciativas voltadas a reduzir intervalos de circulação, aumentar a confiabilidade do sistema e gerar cerca de 150 mil empregos diretos e indiretos .
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