Na manhã deste sábado, 19 de julho de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitiu nota oficial em suas redes sociais e no Palácio do Planalto em defesa dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), reagindo com veemência à revogação de vistos pelo governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump .
Em seu comunicado, Lula classificou a medida americana como “arbitrária e completamente sem fundamento”, enfatizando que “a interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações” . A posição do presidente reforça, segundo reportagem da Reuters, a defesa da independência do Judiciário brasileiro diante de ações consideradas invasivas .
Em paralelo, Lula disparou críticas diretas a Donald Trump, acusando-o de conduzir uma retaliação política. Conforme a Reuters, o chefe da Casa Branca anunciou tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, chamando o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro de “witch hunt” (“caça às bruxas”) – ataque que, para Lula, revela motivação eleitoral e desrespeito à soberania nacional .
A reação do governo brasileiro não se limitou ao pronunciamento presidencial. O advogado-geral da União, Jorge Messias, e a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, publicaram notas de repúdio, qualificando as sanções como um ataque ao Estado Democrático de Direito. Messias afirmou que a decisão “abala a ordem jurídica”, enquanto Hoffmann apontou “interferência indevida” nos assuntos internos do país .
O pacote de sanções dos EUA incluiu, além da elevação das tarifas, a suspensão de vistos de entrada de cinco ministros do STF e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, mas poupou magistrados indicados por Bolsonaro. A exclusão — considerada por analistas como viés político favorável ao ex-presidente — exacerbou o clima de tensão diplomática .
O episódio provocou reação de diversos setores. Líderes do Congresso manifestaram solidariedade aos ministros do STF, e o setor empresarial brasileiro condenou as tarifas de Trump como prejudiciais ao comércio e à economia nacional. Pesquisas privadas já apontam nova alta na popularidade de Lula, atribuída à sua postura firme na defesa da soberania e da independência judicial .
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