A 33ª edição da Marcha para Jesus em São Paulo mobilizou nesta quinta-feira milhares de fiéis e simpatizantes das principais denominações evangélicas. O evento, iniciado por volta das 9h na Praça da Luz, no Centro da capital paulista, foi acompanhado de perto pelo governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que dividiu um dos trios elétricos com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o colega de partido, prefeito de Sorocaba Rodrigo Manga.
A caminhada seguiu por um percurso de aproximadamente 5 quilômetros até a Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, na Zona Norte, onde se sucederam apresentações de nomes consagrados da música gospel. Segundo a organização, “a manifestação de fé é também uma demonstração de união e respeito às diversas correntes religiosas que compõem o universo evangélico”.
Inicialmente convidado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não compareceu — encontrava-se em missão oficial no Canadá para reuniões do G7 . A agenda de Tarcísio de Freitas previa participação contínua ao longo do trajeto e participação no ato final até as 15h, quando foi saudado pelos presentes como “um exemplo de liderança comprometida com a liberdade religiosa”.
Em um momento de tensão diplomática entre Israel e Irã, manifestantes ergueram bandeiras israelenses e entoaram hinos de louvor ao som dos trios, em demonstração de solidariedade ao Estado de Israel. Organizações defensoras da liberdade religiosa interpretam o gesto como “uma reafirmação da fraternidade internacional entre cristãos e judeus”.
A Marcha para Jesus, realizada anualmente desde 1993, consolidou-se como o maior encontro evangélico de rua do país. Em São Paulo, chegou a atrair mais de 200 mil pessoas em edições anteriores — um termômetro da crescente influência política e social do segmento no cenário nacional.
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