Em cerimônia realizada ontem (17/6) no Salão Nobre do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), a ex-senadora Leila Barros marcou presença na diplomação de Rodrigo Rollemberg como deputado federal, acompanhada de eleitores do ex-governador e do deputado distrital Max Maciel (PSOL). O evento, que anunciou oficialmente a ascensão de Rollemberg ao cargo, transcorreu em clima descontraído, a despeito das críticas que Leila fez ao partido que a elegeu em 2018 .
Leila do Vôlei, que se desvinculou do PSB em 4 de agosto de 2021 sob o pretexto de resgatar “independência política” e coerência ideológica , mostrou ontem que suas convicções cabem apenas em nota de imprensa: circulou sorridente pelo salão, flertou com simpatizantes de Rollemberg e posou para fotos, como se o abandono do partido rival — supostamente motivado por discordâncias de fundo — jamais tivesse ocorrido.
O rompimento de Leila com o PSB ocorreu justamente em meio à guinada da legenda à esquerda, com aproximação ao PT e a nomes como Marcelo Freixo, Lula e Flávio Dino, que teriam “desconfortado” a senadora. Contudo, sua postura ontem revela que as divergências ideológicas eram tão sólidas quanto castelo de cartas: desmontáveis ao primeiro clique.
Leila Barros, conhecida como Leila do Vôlei filiou-se ao PDT em 2022 para concorrer ao Governo do Distrito Federal. O que demonstraria à época como sendo útil ao DF e uma necessidade insana de se desvincular ao ex governador.
O Partido Socialista considerou a desfiliação de Leila uma traição e afirmou que ela se tornou politicamente não confiável, colocando o PSB e Leila em campos opostos. O PSB também alegou que Leila condicionou sua candidatura ao recebimento de recursos de campanha, o que ela negou publicamente, classificando a reação do partido como revanchista.
É essa desfaçatez que denuncia o verdadeiro perfil dos socialistas locais: proclamam discursos de rigor para impressionar aliados, mas se rendem à conveniência político eleitoral. 2026 é logo ali.
A presença de Leila do Vôlei ao lado de Rollemberg, que ela mesma já acusou de falta de compromisso político, expõe o oportunismo que escamoteia qualquer compromisso com coerência — seja na Esplanada, seja no Senado.
Se o PSB considera Leila politicamente “não confiável” desde 2021, é justo perguntar: em quem ela realmente confia, senão em si mesma? Ou seja, a briguinha era para inglês ver!
— Hamilton Silva
editor-chefe do portal DFMobilidade
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