Atentado contra Miguel Uribe Turbay abala democracia na Colômbia

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O senador e pré-candidato à Presidência da Colômbia, Miguel Uribe Turbay, 39 anos, foi vítima de um atentado a tiros durante evento de campanha no bairro de Modelia, em Bogotá, na tarde de sábado (7). Ferido na cabeça e no tórax, foi levado inicialmente à Clínica Medicentro e, em seguida, transferido em estado grave para a Fundação Santa Fe, onde permanece lutando pela vida, segundo sua esposa, Maria Claudia Tarazona.

Filho da jornalista Diana Turbay — sequestrada e morta pelo cartel de Pablo Escobar em 1991 —, Uribe Turbay consolidou-se como uma das vozes mais contundentes do Centro Democrático, defendendo o fortalecimento da segurança pública e o combate à criminalidade. Em seu discurso de pré-campanha, enfatizou a união de setores moderados e conservadores para garantir a estabilidade democrática no país.

O ataque ocorreu por volta das 17h, quando o senador discursava em um palanque montado em praça pública. Testemunhas relatam que um homem em motocicleta aproximou-se por trás e disparou ao menos três vezes, atingindo Uribe Turbay na cabeça e no peito. O agressor foi imediatamente contido por equipes de segurança e detido pela polícia local.

O presidente Gustavo Petro classificou o atentado como “um ataque à democracia” e declarou solidariedade à família do parlamentar. A chanceler Laura Sarabia pediu o fim da escalada de violência política e o ministro da Defesa, Pedro Sánchez, anunciou recompensa de até 3 bilhões de pesos por informações que levem aos responsáveis. O prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán, confirmou a captura do suspeito em flagrante e elogiou a rápida atuação das autoridades.

Em sua conta no Twitter, Maria Claudia Tarazona — identificada como esposa de Uribe Turbay — pediu orações: “Miguel está luchando en estos momentos por su vida. Pidamos a Dios que guíe las manos de los doctores que están atendiéndolo. Les pido a todos unirnos en una cadena de oración por la vida de Miguel. Pongo mi Fe en Dios.”

O episódio traz à memória a violência política dos anos 1990, como o assassinato do candidato Luis Carlos Galán em 1989, e revela fragilidades persistentes na segurança de líderes públicos, mesmo após o Acordo de Paz de 2016. Especialistas alertam para a necessidade de reforçar protocolos de proteção e reduzir a polarização no discurso político.

Até o fechamento desta edição, não há previsão de alta médica. A equipe de campanha mantém plantão permanente para atualizações, enquanto as autoridades aprofundam as investigações e aumentam a segurança em demais compromissos eleitorais.

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