Filipe Barros pede ação urgente após oferta de US$ 10 milhões para desmantelar redes do Hezbollah na tríplice fronteira

Deputado Filipe Barros - Foto: Reprodução
Deputado Filipe Barros - Foto: Reprodução

O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) divulgou em sua conta no X, nesta terça-feira (20 de maio de 2025), um apelo por ação imediata do Estado brasileiro em defesa da segurança nacional, diante da atuação do Hezbollah na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Na mensagem, Barros ressaltou que a oferta de US$ 10 milhões, anunciada pelo governo dos Estados Unidos, por informações que levem à localização de membros do grupo na região, exige uma resposta firme do País.

O valor integra o programa Rewards for Justice, administrado pelo Departamento de Estado americano, criado pela Lei Pública 98-533, de 19 de outubro de 1984, que designa o Hezbollah como organização terrorista estrangeira desde outubro de 1997. O programa prevê recompensas de até US$ 25 milhões por informações que contribuam para o combate ao terrorismo internacional.

Em novembro de 2023, a Polícia Federal prendeu três suspeitos de integrar o Hezbollah durante a Operação Trapiche, deflagrada para desarticular esquemas de financiamento e logística do grupo em solo brasileiro. As investigações apontaram que o Hezbollah utiliza a área da tríplice fronteira para lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e contrabando de cigarros e carvão.

Apesar da designação americana, o Brasil ainda não inclui formalmente o Hezbollah na lista de organizações terroristas prevista na Lei 13.260/2016 (Lei Antiterrorismo). Argentina e Paraguai, por sua vez, classificaram oficialmente o grupo em julho de 2019, com medidas que incluem congelamento de ativos e restrições de vistos.

Na publicação, Barros defendeu a apresentação de um projeto de decreto legislativo para reconhecer oficialmente o Hezbollah como organização terrorista em território nacional, além da realização de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Ele também exigiu articulação entre os ministérios da Justiça, da Defesa, a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para reforçar a vigilância e estreitar a cooperação internacional.

Analistas de segurança advertiram que a formalização da classificação traria instrumentos jurídicos cruciais — como o congelamento de ativos, a restrição de vistos e o intercâmbio de inteligência com agências estrangeiras — elementos essenciais para a eficácia das operações de contraterrorismo no Hemisfério Ocidental.


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