O debate eleitoral promovido pelo Estadão na manhã desta quarta-feira (14/8) testemunhou um acirrado confronto entre Guilherme Boulos (PSol) e Pablo Marçal (PRTB), que se transformou rapidamente em um embate pessoal. O encontro, que deveria abordar temas como “cidades inteligentes” e educação, viu os candidatos abandonarem as propostas para trocarem insultos e acusações.
A tensão começou quando Boulos questionou Marçal sobre sua promessa anterior de desistir da candidatura caso fosse provado que ele possuía uma condenação judicial. Boulos exibiu uma sentença relacionada a fraude bancária, o que inflamou o debate. Marçal, por sua vez, negou a condenação, alegando que o caso havia prescrito, e reagiu retirando uma réplica de uma Carteira de Trabalho do bolso, provocando Boulos ao insinuar que ele nunca trabalhou.
O embate se intensificou com Marçal acusando Boulos de ser um “mentiroso compulsivo” e insinuando que o candidato do PSol havia sido preso várias vezes, chegando a fazer piadas sobre o assunto. Em resposta, Boulos atacou Marçal, chamando-o de “Padre Kelmon” desta eleição e uma “caricatura”, em uma clara alusão à figura polêmica que participou das eleições presidenciais de 2022.
O episódio marca um dos momentos mais tensos da campanha até agora, evidenciando o clima polarizado que domina a corrida eleitoral em São Paulo.