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Ceilândia ganha mais de 19 km de calçadas com investimento de R$ 12 milhões

Do valor total, R$ 10.435.000 foram destinados para passeios para pedestres, totalizando 19,6 mil metros de extensão, e R$ 1.660.000 para a construção de novos estacionamentos | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília
Do valor total, R$ 10.435.000 foram destinados para passeios para pedestres, totalizando 19,6 mil metros de extensão, e R$ 1.660.000 para a construção de novos estacionamentos | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília

Novos passeios respeitam normas técnicas de acessibilidade e estão sendo construídos em diversos pontos da cidade, que também ganhou mais estacionamentos

O Governo do Distrito Federal (GDF) investiu mais de R$ 12 milhões na construção de calçadas e estacionamentos em Ceilândia neste ano. As obras são executadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e visam aumentar a mobilidade e acessibilidade da população, estimada em mais de 350 mil habitantes. Do valor total, R$ 10.435.000 foram destinados para passeios para pedestres, totalizando 19,6 mil metros de extensão, e R$ 1.660.000 para a construção de novos estacionamentos.

Foram construídas novas calçadas na área próxima à Universidade de Brasília e o Instituto Federal de Brasília, fazendo ligação com a Via N2 Sul, nas quadras EQNP 28/32, EQNM 2/4, EQNO 1/3 e EQNP 7/11, na Via O8, entre outros pontos. Além disso, as equipes começaram a construção da rota acessível, projeto da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal (Seduh), da Via P5, no Setor P Sul, até a Via N2 Sul. A rota passa por pontos importantes para a rotina do cidadão, como o Caic Bernardo Sayão e o rodoviária de ônibus do P Sul, e tem 2.200 metros de extensão.

Já os estacionamentos são construídos com pavimento intertravado, compostos de blocos de concreto que se encaixam uns aos outros, e estão localizados em diversos pontos, como na EQNP 24/28, ao lado do Centro de Ensino Médio (CEM) 10, que fica na QNM 13, e na EQNM 2/4. Mais um está sendo feito próximo à Unidade Básica de Saúde (UBS) 10.

“Desde o começo de Ceilândia, nunca tinha sido criado o tanto de calçadas que estamos fazendo agora”, ressalta o administrador regional de Ceilândia, Dilson Resende. A cidade completou 53 anos em 27 de março e ocupa área superior a 19 mil hectares. “Ceilândia não é uma cidade velha, mas está envelhecida. Portanto, logicamente, as calçadas estão deterioradas e foram construídas em outro conceito, sem a acessibilidade necessária, diferentemente das que estão sendo feitas hoje, com piso tátil e rebaixamento nas vias de acesso, por exemplo”, complementa.

A renovação dos passeios atende às normas técnicas de acessibilidade com largura mínima de dois metros, superfície regular, firme e com pisos e elevações táteis. “O investimento em acessibilidade é importante para trazer uma condição melhor para deficientes visuais, deficientes físicos e até auditivos”, observa Resende. Além dos trabalhos executados pelas equipes da Novacap, a Administração Regional de Ceilândia faz reparos na infraestrutura da cidade, como manutenção das calçadas e do pavimento asfáltico, com apoio de 40 reeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap).

Maria Anita Oliveira, aposentada: “Essa calçada ficou boa demais, dá para passear sem medo de cair ou tropeçar”

O aposentado João Batista Nogueira, 50 anos, acompanhou a construção de parte da rota acessível que liga a Via P5 à Via N2 Sul. Ele mora na QNN 36, na Nova Guariroba, junto à irmã e ao sobrinho, e comenta que a calçada feita entre os conjuntos A e B melhorou o dia a dia da família. “Antes não tinha calçada aqui, então a gente tinha que andar pelo mato mesmo. Um vizinho nosso usa cadeira de rodas e era um sufoco passar aqui. Agora ficou ótimo, dá para caminhar tranquilamente”, diz.

O trajeto é utilizado pela aposentada Maria Anita Oliveira, 77, que caminha pelas ruas da Nova Guariroba diariamente, no final da tarde. Ela é uma das mais antigas moradoras da região e destaca o desenvolvimento urbanístico do trecho: “Quando eu cheguei não tinha nada mesmo. As casas foram aparecendo, depois as igrejas. Hoje está tudo diferente”, recorda. “Essa calçada ficou boa demais, dá para passear sem medo de cair ou tropeçar.”

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